Li por aí que homens têm de ser DIRIGIDOS e mulheres têm de ser CONTROLADAS. Alguém já ouviu falar isso? Foi o autor Carlos Castaneda que escreveu. É, pessoal. Há muita verdade escondida ali, naquela simples frase maluca: homens precisam de direção e nós, mulheres, apenas de controle. CONTROLE SOBRE NÓS MESMAS, devo dizer. Porque direção – por mais que a gente negue e afirme estar perdida – a gente tem. Mulher nasceu com um sexto sentido aguçado e nosso “não-saber” é mais sábio que a própria razão. Duvida? Devo admitir que às vezes também duvido. De mim. Moro no lado ocidental do planeta, mas nasci amiga da lua. E me vejo por horas na rua, procurando explicações plausíveis pra tudo. Uma contradição? Pode ser. Mas uma coisa eu aprendi no susto. A gente tem um poder – dentro da gente – que não tem tamanho. E pra mim, canceriana e exagerada, esse é um desafio que me faz ficar cara a cara com quem pode, às vezes, se tornar a minha pior inimiga: eu mesma. Nunca me disseram que a maior batalha acontece aqui, bem dentro da gente. (Ou já me disseram e eu não entendi direito: frases só fazem sentido quando estamos prontas pra ouvi-las.).
Por isso, hoje, com toda a minha birutice e uma vontade de aprender que não acaba, eu pego minhas fraquezas. Deixo-as enfileiradas. E as estudo como se minha vida dependesse disso. É. Com o autocontrole nas mãos, um propósito debaixo do braço e nossos inimigos internos dormindo, podemos – quem sabe? – nos tornar guerreiros impecáveis. Ou – se não – apenas sorrir mais. O que pra mim já vale a luta.
Fernanda Mello.
By San
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