Quando
eu era pequena, achava que as fadas existiam mesmo e que as histórias que
me contavam eram mesmo verdadeiras. Pensava que os anões, quando nasciam
eram tão pequeninos que deviam dormir em caixas de fósforos.
Tinha
também as crenças clássicas da maioria das crianças: que existia uma casa que
fabricava dinheiro. E outra, que era encantada e toda de chocolate.
Pensava
que se engolisse um caroço de laranja me nasceria uma árvore na barriga e o mesmo
aconteceria com um caroço de melancia. E se engolisse chicletes teria que ser
operada, pois ele ficaria para sempre colada no estômago.
Quando
eu era pequena, todo aquilo com que não podia brincar ou mexer a minha mãe
punha em cima de um armário e eu ficava desejosa de crescer para poder tirar de
lá tudo, pois achava que lá em cima estava um monte de coisas boas e
divertidas. Achava que se tapassem os ouvidos e falasse, ninguém me poderia
ouvir e que se tapasse os olhos ninguém me conseguiria ver.Também pensava que
seria adulta assim que chegasse com os pés ao chão do carro.
A
minha mãe dizia que se eu comesse legumes ficaria com o cabelo mais bonitos e
que as cenouras evitariam que eu chegasse a usar óculos algum dia e eu
acreditava. Dizia-me que se algum dia tirasse os brincos, o buraco fecharia e
nunca mais os poderia pôr. Então, um dia, uma das minhas bonecas perdeu um
brinco e eu chorei porque agora o buraquinho da sua orelha ia fechar.
Também
acreditei que tudo o que se dizia na televisão era verdade, incluindo os
anúncios e não entendia como podia a minha mãe dizer que era tudo mentiras.
Quando
eu tinha 4 anos, a minha mãe mostrou-me o álbum de fotografias do casamento e
eu fiquei muito triste porque não tinha ido à festa. Acreditava que os meus
avôs já tinham nascido velhinhos e que os meus pais nunca tinham sido crianças.
Acreditava
que, sempre que pedia à minha mãe para comprar uma coisa e ela respondia,
"depois compro", ela compraria mesmo. Achava que a Branca de Neve, e
a chapeuzinho Vermelho, eram pessoas de verdade. Que príncipes encantados existissem
e que sempre apareciam em um cavalo branco, e se virassem sapo, era só beijar e
pronto, seriam novamente príncipes. Acreditava que, em dia de sol e chuva, havia
mesmo um casamento de viúva. Acreditava que se subisse em uma escada bem alta,
com asas nas costas feitas de papelão e penas de pato, eu pudesse voar, e então
tentei varias vezes... Mas nunca deu certo! Mas continuava tentando, porque eu
acreditava... J Eu acreditava em sonhos, príncipes e
princesas, duendes e fadas, e mais ainda... No amor que lá estava. Amor que
enchia minha casa, minha vida, meus sonhos, minha ALMA...
E
hoje tenho muitas saudades de tudo o que acreditei e achei ser verdade. E
porque eu acreditava, eles existiam...
Ai,
que felicidade poder acreditar em tudo!
Saudade
em ser criança, pq ser adulto por vezes custa... Não é ???
By San
Adorei te ler e quantas coisas acreditávamos em crianças. Depois, chega a vida real, mas ainda assim, temos que resgatar a magia daquele tempo, apesar de tudo! beijos,lindo fds! chica
ResponderExcluirAhhh Chica, que felicidade encontrar vc por aqui...! :)
ResponderExcluirEspero que continuemos a sonhar como crianças, pq perder os sonhos, tudo bem, as vezes acontece, mas deixar de sonhar, aí não...pq são os sonhos que nos movem! ;)
Bjs amiga querida, e obrigada pela visita...!!!!!!!!!!! =*
Bjim com cheirinho de jasmim pra ti...