quinta-feira, 5 de agosto de 2021
Muros que aprisionam
Durante muito tempo eu pensei que sempre precisava estar armada, para que eu pudesse me sentir segura e protegida. Eu achava que se eu carregasse a desconfiança em baixo do braço ela estaria me protegendo de ser enganada. Eu achava que o certo a se fazer era me blindar, ser impermeável, intransponível e inquebrável, assim eu não seria "abatida". Construí várias barreiras de proteção, mas a verdade, é que os muros que eu erguia, na realidade estavam me aprisionado. O que eu pensava ser a minha segurança, estava sendo a a minha prisão. Tornei-me refém. Refém de sentimentos mal resolvidos. Fiquei muito tempo isolada dentro da minha própria armadura, eu e todas as minhas memórias de dor, até perceber que a armadura não me protegeria do que estava acontecendo dentro de mim. Foi aí que comecei a me despir novamente e pouco a pouco fui me desfazendo da armadura que construí contra o amor. E por incrível que pareça, no auge da minha vulnerabilidade me encontro mais segura do que nunca (Rana Vitória). Quando aprendemos a nos desarmar e despir da armadura que nos protegem, nos abrimos também à experiências que trazem significado. A sensação de vulnerabilidade não é confortável, mas é necessária (Marzia Coelho). Os vínculos que experimentamos em nossa vulnerabilidade enriquecem a experiência humana e sedimentam a percepção de pertencimento. A vulnerabilidade é o berço de quase todas as experiências humanas significativas, de amor, pertencimento, felicidade e confiança. Se queremos ser verdadeiramente felizes, temos que ser vulneráveis (Brené Brown). A vulnerabilidade é o que me define como ser vivo. É por ser vulnerável que AMO. Não tenho cercas na alma. Vivo exposto. E prefiro (Padre Fábio de Melo).
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