Uma imensidão de emoções apaixonadas tomando todo o coração preso à
fascinação de Intensamente amar. Era um amor fazendo cócegas de coisa boa
de sentir, de viver... Tudo isso se vislumbrava ao descerrar as cortinas da
saudade enquanto uma lágrima evidenciava a tamanha carência de um querer
vivendo à sombra de uma eterna ausência...
(Cida Luz)
Alguma coisa latejava lá dentro, um
burburinho que vinha de lá do fundo. Uma espécie de choro sem dor. Era
gratidão, eu sabia. Meu peito chorava com delicadeza, sem rasgar-se.
Fazia reverências à vida que eu desisti de levar e que agora me leva.
Sabe quando dentro da gente alguma coisa se sente profundamente grata?
Quando os olhos não conseguem admirar o tamanho da grandeza do mundo e
de tão felizes ficam miudinhos? Foi bem assim. Meus olhos ficaram miúdos
diante do mundo. Meu coração, de tão feliz, não fez alarde. Tão
agradecido por todas as belezas que me cobrem. Se sentindo imenso, na
mais alta nuvem, no mais azul céu. Visualizando o quão completas são as
coisas, como elas são decididas e se resolvem sozinhas. Quão generoso
tem sido cada problema comigo, com você, com todos nós. Nenhum deles foi
capaz de reduzir nossa doçura. Nenhum deles foi capaz de diminuir nosso
sorriso, nem mesmo o tom da nossa voz foi alterado. E meu coração deu
pulinhos aqui dentro, profundamente grato pelos instantes de paz em que
consigo me perceber. Instantes em que me encontro aqui dentro, tão
pequena. E me abraço e me agradeço por perpetuar esperanças. Por nunca
desistir de amar ainda que doa. Por não ter vergonha de pedir desculpas,
de pedir licença, de pedir pra voltar. Este choro manso é choro de
coração agradecido. E mesmo que ainda nenhum final feliz tenha me
encontrado – agradeço a força e a coragem desta eterna espera.
By San
(A vida é leve quando não supervalorizamos ninguém.)
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