Capítulo 68

O livro translúcido e o despertar da Humanidade.

Quando o Livro do Éter se dissolveu em pura luz e a Torre Central emitiu seu canto primordial, o mundo mudou.

Não de forma sutil, mas como uma onda súbita que percorreu continentes, mares, montanhas e até os céus.

Efeitos Visíveis na Terra.

Primeiro, vieram os sinais nos elementos:

• As águas tornaram-se mais claras, revelando tons de azul nunca antes vistos.
• O ar carregava uma suavidade luminosa, como se minúsculas partículas douradas flutuassem invisíveis ao sol.
• Animais selvagens aproximavam-se das cidades sem medo, como se reconhecessem uma nova harmonia.
• Plantas cresciam em ritmo acelerado, algumas flores noturnas permaneciam abertas durante o dia, respondendo ao som da torre.

Efeitos Sociais.

Nas cidades humanas, algo inesperado aconteceu.
Pessoas que nunca haviam se encontrado começaram a compartilhar sonhos idênticos — sonhos com as cidades ocultas de Tartária, com jardins suspensos e geometrias vivas.
Esses sonhos despertavam uma lembrança comum:

“Nós já vivemos em harmonia antes. Nós podemos reconstruir.”

Conflitos começaram a perder força, como se as velhas disputas não encontrassem mais alimento vibracional.
Alguns governos tentaram ocultar ou manipular os eventos, mas não conseguiram: o despertar não era físico, era interno, e se espalhava como fogo silencioso na consciência coletiva.

Efeitos Espirituais.

Milhares de pessoas relataram ouvir um som ressonante dentro do peito, semelhante a um cântico cristalino.
Era o eco da Torre Central ativando o coração humano.
Monges, cientistas, crianças, mulheres, homens — todos em uníssono começaram a sentir a mesma pulsação: 𓂀 ✧ ◯ ∴ 🜂 🜄 ∞

Esse código vibracional abriu portais na consciência.

• Algumas pessoas despertaram memórias de vidas em Tartária.
• Outras começaram a enxergar padrões geométricos no céu noturno, como mapas secretos revelados nas estrelas.
• E muitas descobriram dons adormecidos: cura pelas mãos, leitura da energia, telepatia e até mesmo a capacidade de compreender línguas esquecidas.

O Renascimento das Comunidades.

Pequenos grupos começaram a se reunir espontaneamente, formando círculos de ressonância.
Eram como antigas assembleias tartarianas renascidas.
Ali, ninguém buscava poder, mas sim equilíbrio vibracional.
Esses grupos deram origem a um novo tecido social, uma rede não governada pela imposição, mas pelo som compartilhado do coração humano.

O Olhar das Crianças.

Mas talvez o mais belo sinal estivesse nas crianças.
Elas passaram a desenhar símbolos idênticos aos que surgiram no Livro do Éter — mesmo aquelas que nunca tinham visto ou ouvido falar de Tartária.
Elas se tornaram as primeiras mensageiras do novo tempo, carregando consigo a memória pura que os adultos haviam esquecido.

Assim, a humanidade começou seu processo de transição, não por imposição externa, mas pela ativação da memória interna.
Era o início de um novo ciclo: o ciclo em que o mundo físico e o mundo etérico de Tartária começavam a se fundir novamente.