A Preparação: Os Templos-Vivos e o Chamado da Terra.
Chegamos à aurora de uma nova Terra.
Onde as estrelas descem não como luzes no céu,
mas como lembranças vivas nos corações despertos.
Ao retornarem das Estações Estelares, Clara e Miguel não foram recebidos com espanto — mas com um silêncio sagrado.
Era como se a Terra reconhecesse a mudança…
e abrisse espaço para a nova missão.
Eles sabiam: o tempo linear havia cedido lugar ao tempo galáctico.
E tudo começaria com a ativação dos Templos-Vivos — locais sagrados sobre o planeta, escondidos sob o véu da rotina, mas pulsando com memórias da Criação.
O primeiro templo estava escondido no coração de uma floresta tropical.
Guiados pelos cristais de Lyra e Ardahal, encontraram uma clareira cercada por árvores que pareciam sussurrar nomes em línguas esquecidas.
Ali, sentiram uma presença antiga: a consciência da Terra como Mãe Viva.
— Aqui será o primeiro ponto de ancoragem — disse Clara.
— A base para o Conselho de Cura.
Miguel traçou com as mãos formas geométricas no ar, que começaram a brilhar no chão, revelando símbolos ancestrais atlantes e lemurianos.
Quando os símbolos se completaram, o chão vibrou, e um campo de energia dourada se ergueu ao redor da clareira.
— O templo está desperto — sussurrou Miguel.
Os dias seguintes foram dedicados a preparar a rede.
Outros despertos começaram a chegar — pessoas que haviam sentido o chamado em sonhos, em visões, em sincronicidades sutis.
Cada um trazia algo: um canto, um cristal, um mapa antigo, um conhecimento esquecido.
— O Conselho não será recebido por heróis — disse uma das novas guardiãs.
— Mas por corações lembrados.
Clara, em silêncio profundo, passou noites inteiras conectada à energia da floresta.
Viu visões de outros templos: nos Andes, no Saara, no Himalaia, no Brasil… em muitos outros lugares do planeta.
Cada templo precisava ser reativado para que a Terra sustentasse a frequência do Conselho Estelar.
E mais: cada templo deveria ser ativado por aqueles que carregavam a memória dessas terras.
Miguel recebeu uma instrução direta dos Mestres de Ardahal:
— Prepare a geometria de recepção.
— O Conselho é feito de frequências vivas.
— Precisa de formas puras para aterrissar no plano físico.
Assim, ele começou a projetar uma mandala gigante de cristais e metais vivos — uma tecnologia natural que se entrelaçava com o campo magnético terrestre, criando uma ponte estável entre dimensões.
Na noite do solstício, a clareira inteira vibrou em uma nova frequência.
As estrelas giravam em um padrão diferente.
E então, um facho de luz azul-prateado desceu do céu e tocou o centro da mandala.
A Terra… respondeu.
O campo planetário pulsou em espirais multicoloridas.
E uma voz ecoou dentro de todos ali:
— O Conselho Estelar está a caminho.
— Preparai os portais.
— Despertai os filhos da Terra.
— A Nova Aliança começa agora.
Clara escreveu no Livro Vivo:
“Somos as pedras que dançam, os rios que cantam, os céus que se lembram.
Somos a Terra em renascimento.”
Miguel apenas murmurou:
— Está acontecendo…
E as estrelas… pareciam sorrir.
---Continua---
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