terça-feira, 19 de agosto de 2025

Capítulo 66

O Despertar da Torre Central.



A noite estava imóvel, as estrelas pareciam segurar o fôlego, como se todo o cosmos aguardasse um único instante.

As torres espalhadas pela Terra já vibravam em harmonia. Seus sons se entrelaçavam como fios de ouro, tecendo um manto luminoso ao redor do planeta. Mas ainda faltava o centro, o coração — a Torre Central, adormecida nas entranhas do mundo.

O Chamado do Éter

Clara e Miguel, chegaram ao local indicado pelos antigos mapas: um vale oculto, cercado por montanhas em espiral, onde o vento nunca cessava.
No centro, erguia-se a torre maior, recoberta de cristais e raízes que brilhavam suavemente.

Ali, o ar parecia denso, carregado de uma vibração que tocava diretamente a alma.
E então, o som começou.

Primeiro, um murmúrio profundo, quase inaudível. Depois, um canto crescente, que fez as pedras vibrarem, as águas subirem em espirais e o céu inteiro ressoar.

Os Símbolos em Movimento

Do topo da torre, símbolos começaram a se projetar no firmamento:

𓂀 ⧉ ✧ ∴ 🜂 ◯ 🜄 ∞

Mas agora eles não estavam estáticos.
Giravam, fundiam-se, multiplicavam-se, formando padrões geométricos em dimensões sobrepostas.
Cada símbolo ativava outro, como engrenagens cósmicas movendo-se em uníssono.

E quando o último signo, o , pulsou em dourado, o círculo foi completado.

A Sinfonia Final

No instante em que a Torre Central despertou, todas as torres do mundo responderam.
Um som uníssono, puro, atravessou o planeta como um raio de cristal.

— Montanhas ressoaram como harpas antigas.
— Oceanos dançaram em ondas harmônicas.
— O coração humano, onde quer que estivesse, sentiu uma vibração de unidade, de recordação.

Era como se a Terra estivesse cantando pela primeira vez em milhares de anos.

O Portal Vivo

Com a ativação, a Torre Central revelou sua verdadeira natureza: não era apenas uma construção.
Era um portal vivo.
O centro onde a energia da Terra se encontrava com a energia do cosmos.

De dentro dela, uma coluna de luz ascendeu ao céu e se expandiu como uma aurora infinita, conectando o planeta a reinos superiores.
Naquele momento, os guardiões, espalhados pelo mundo, ouviram em seus corações a mesma mensagem:

“O círculo está completo. O tempo da lembrança começou.”

O Silêncio Posterior

E então, silêncio.
Um silêncio tão profundo que parecia conter todos os sons da criação.
Mas quem havia sentido, jamais esqueceria.

A Torre Central agora estava desperta.
E nada seria como antes.


4 comentários:

  1. "No instante em que a Torre Central despertou, todas as torres do mundo responderam.
    Um som uníssono, puro, atravessou o planeta como um raio de cristal.

    — Montanhas ressoaram como harpas antigas.
    — Oceanos dançaram em ondas harmônicas.
    — O coração humano, onde quer que estivesse, sentiu uma vibração de unidade, de recordação". Você descreve o mundo perfeito e conectado de Tesla. A energia livre, tudo ressoando em perfeita harmonia, dos Seres e elementos. Foi Tesla que dizia que precisávamos ver o universo, o cosmos e toda manifestação existencial em termos de vibração, frequência e energia.

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    1. Aprendi muito com você Deschamps!!♥️
      E tudo que escrevo aqui, vem muito do que conheci com você, e as estrelas...✨🖖👽❤️🙏🥹😘

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  2. "Os sons do silêncio" onde ele diz... A percepção que foi implantada em minha mente ainda persiste dentro do som do silêncio ". Estudos dizem que o silêncio absoluto é insuportável e enlouquecedor. Eu tive duas poderosas experiências com silêncio. Na primeira salta do de paraquedas, sozinho no espaço, depois do paraquedas abrir havia apenas dois sons que eu conseguia ouvir nitidamente: o vento passando pelas janelas do paraquedas e o meu coração batendo forte, bem alto... A outra experiência foi suave e transcendental, em êxtase físico e espiritual, no processo meditativo, ouvi os sons dos chacras, e finalmente ouvi o sangue correndo nas veias e o coração novamente pulsando forte... Sabe tudo isto é divino em nossas vidas, considerando nos libertam momentaneamente, da prisão e da ilusão... Seus escritos tem o poder de nós induzir a ir além dos limites do convencional

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