Não sei onde começa o real.
Talvez ele esteja escondido
na fresta entre dois pensamentos.
O que existe é um intervalo.
O instante que não se deixa segurar,
o agora que me escapa
mesmo quando o seguro.
Sinto que sou maior do que o corpo
e menor que um grão de poeira.
Paradoxo: sou nada e, ainda assim, transbordo.
O mundo não me responde.
E é nessa falta de resposta
que descubro o mistério.
Existe em mim uma sede antiga,
uma saudade que não sei de quê.
Como se viesse de estrelas
que já morreram —
e, no entanto, continuam a brilhar.
Talvez eu seja isso:
um eco do infinito
em carne frágil.
Poema By 💞San💞
Esse texto / poema é lindo, tocante, emocionante. Em especial me tocou o final, com o qual me identifiquei totalmente. Realmente este poema está ao nível daquilo que de melhor já foi escrito em toda parte, em todos os tempos. E este final realmente é lindo, onde diz:
ResponderExcluir"Existe em mim uma sede antiga,
uma saudade que não sei de quê.
Como se viesse de estrelas
que já morreram —
e, no entanto, continuam a brilhar.
Talvez eu seja isso:
um eco do infinito
em carne frágil."
Lindo!!! 🌹✨❤️
Excluir