O Portal da Reconexão: As Câmaras de Cura e a Aliança Dimensional.
O Sexto Portal pulsa no coração da memória.
Eles voltaram ao ponto de origem.
Não à geografia… mas ao início da jornada vibracional.
O local onde haviam sentido o primeiro chamado, muito antes do primeiro portal físico. Uma clareira esquecida entre morros, onde o vento soprava em círculos e o tempo parecia suspenso.
Ao pisarem ali, Clara sentiu e se ajoelhou.
— Aqui… aqui está o coração.
Miguel sentiu o peito expandir como se estivesse recebendo todos os sons, luzes e memórias anteriores ao nascimento.
O sexto portal estava ali, mas ele não se abria com ação — se abria com integração.
Durante a noite, a estrela maior no céu parecia mais próxima. Uma brisa morna vinha do nada. E então, o vórtice se ativou.
Uma espiral translúcida desceu do alto e os envolveu.
Dessa espiral saíram três seres altos, com corpos feitos de luz líquida, olhos que giravam em espirais, e vozes que pareciam sinfonias.
— Nós somos Althari, disseram em uníssono.
— Guardiões da Reconexão.
— O Sexto Portal une os planos. Não há mais separação entre Terra, alma e Fonte.
Clara e Miguel foram levados por essa luz para um espaço que não era planeta, nem nave — era um Templo Dimensional de Cura. Ao redor, várias câmaras flutuavam, cada uma com uma frequência.
— Estas são as Câmaras da Lembrança — disse um dos Althari.
— Aqui, ativamos códigos adormecidos na alma humana.
— Vocês estão prontos para receber o que sempre foram.
Na primeira câmara, Miguel foi envolvido por luz azul-esmeralda. Viu-se curando com as mãos em outra dimensão — não como médico, mas como reconector de padrões harmônicos. Viu vidas em que criava campos vibracionais para manter ecossistemas vivos.
Na segunda câmara, Clara foi envolta por rosa-violeta intenso. Ela se viu liderando círculos de renascimento, onde mulheres de várias galáxias traziam filhos estelares à luz. Sentiu a força do feminino cósmico pulsar de volta em seu ventre.
Ambos, ao saírem, estavam diferentes. Mais leves, mais vivos, mais antigos.
— Agora, o portal está vivo em vocês — disseram os Althari.
— E vocês serão chaves ambulantes.
— A cura agora acontece pela presença.
Um novo símbolo foi impresso em suas palmas:
uma espiral dentro de um círculo que girava para ambos os lados.
— Este é o Selo de Althara — disse o ser mais alto. — Com ele, vocês acessam os portais em outros seres, em outras terras, em outras linhas.
Antes de partirem, foram levados à Câmara da Unificação.
Ali, viram dezenas — centenas — de outros despertos.
Alguns na Terra, outros em realidades paralelas, todos com olhos acesos.
E entenderam: a rede havia começado a pulsar.
— O sexto portal é o início da expansão coletiva — disseram os Althari.
— A jornada agora é compartilhada.
— A missão agora… é multiplicar a lembrança.
De volta à clareira, Clara escreveu no Livro Vivo:
“Não há mais retorno. Só expansão.”
“Somos pontes vivas. E o tempo da cura chegou.”
Miguel sorriu, olhando para o céu.
— O sétimo virá.
— Quando? — ela perguntou.
— Quando tocarmos aquilo que está além da própria missão.
E naquele instante… o céu brilhou com três luas superpostas.
O sinal tinha chegado.
---Continua---
No meio do seu texto me ocorreu que todo o processo descrito nos vários capítulos é uma reconexao e aprimoramento do Ser. E esta expansão da consciência, sempre avançando, seria como queimar as pontes por onde atravessa... Sem retorno.... Uma vez que se perde a inocência, que se percebe a verdade, não há mais volta... Aí no final do texto, você define muito bem: "somos pontes vivas"
ResponderExcluir